Para especialista, governo precisa ter logística preparada para casos de emergências
O derramamento de petróleo em curso na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, pôs em evidência a ausência de um plano nacional para conter vazamentos de grandes proporções, informa
Paulo Adano Idoeta, da BBC. Em 2010, após o derramamento de óleo no Golfo do México – o maior do tipo já ocorrido na costa dos Estados Unidos –, o governo brasileiro prometeu avançar na criação do Plano Nacional de Contingência para Derramamento de Óleo, que preparasse a resposta emergencial do país a casos de vazamentos. À época, representantes do Ministério do Meio Ambiente disseram, segundo a
Agência Câmara, que pretendiam entregar um projeto ao Congresso Nacional ainda em meados de 2010. Mais de um ano depois, porém, não há nenhum plano nacional em vigor para guiar a resposta ao vazamento em curso desde a semana passada no Campo de Frade, explorado pela multinacional Chevron. Aqui cabem um adendo e um alerta, segundo o repórter e ecologista
Padinha, editor do blog
Folha Verde News: a petroleira norteamericana Chevron, responsável pelo derramamento de petróleo que já entra no 12º dia, é suspeita de tentar alcançar a camada de pré-sal no Campo de Frade. Além do crime ambiental do vazamento de grandes danos e proporções, isso poderá se configurar como agressão à soberania nacional por uma empresa dos Estados Unidos, estrangeira, multinacional, algo sob investigação da
Agência Nacional de Petróleo, segundo os sites de notícia
Estadão e Vermelho. Quem pagará pelos prejuízos dos pescadores, da natureza do Brasil, da saúde pública e da ecologia do Oceano Atlântico?...
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Crime ambiental e agressão também à soberania nacional |
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O Brasil precisa é investir em energias limpas como a Eólica e a Solar |
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Agora na Bacia de Campos a mancha é maior do que a Baia Guanabara |
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Há anos o movimento sociembientalista vem alertando... |
Segundo a assessoria do
Ministério do Meio Ambiente, o projeto de um plano de prevenção ou de recuperação ambiental como agora na Bacia de Campos (algo de extrema urgência) ainda está "quase concluído" e dependendo apenas de ajustes técnicos, no momento analisados pelo Ministério de Minas e Energia. Até o final de novembro deverá ser encaminhado para a Casa Civil. Só depois começaria a tramitar no Congresso. O teor do projeto também não foi informado. A
Petrobrás, sócia da multi Chevron, apenas...desinforma e tenta se eximir de culpa.
"Quando houve o vazamento no Golfo do México, o governo brasileiro se preocupou bastante, por causa (da exploração) do pré-sal. O ministério disse que (o derramamento) era algo raro, mas vemos que não é", disse Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de clima e energia da ONG ambientalista
Greenpeace. "Sabemos que foi feito um grupo de trabalho entre cinco ministérios (para a elaboração do Plano de Contingência), mas nada mais foi tornado público. A ideia ficou só pairando no ar."