31 outubro, 2010

Dilma Rousseff é eleita presidente do Brasil


A petista Dilma Rousseff é a nova presidente do Brasil. A ex-ministra de Lula venceu a disputa contra o tucano José Serra (PSDB) com 91,29% das urnas apuradas, já conseguindo 55,31% dos votos, contra 44,69% do ex-governador de São Paulo.Filha de um imigrante búlgaro com uma professora fluminense, quando criança, Dilma Vana Rousseff pensava em ser bailarina, bombeira ou trapezista. Mas já na juventude se apaixonou pelos ideais socialistas. Entrou na política como técnica e sua capacidade gerencial a levou a ser nomeada titular do Ministério das Minas e Energia. De lá para ser indicada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) como sucessora de Lula foi um pulo. Ontem, a mineira de belo Horizonte fez história ao ser eleita a primeira mulher presidente do Brasil. Nascida no dia 14 de dezembro de 1946, em Belo Horizonte, em família de classe média alta e educada de modo tradicional, Dilma era parte da elite mineira. Cursou a pré-escola no colégio Isabela Hendrix e a partir de 1955 iniciou o ensino fundamental no Colégio Nossa Senhora de Sion, em Belo Horizonte.Durante a adolescência, a jovem começou a ler autores socialistas. O ano era 1964 e o país passava por um de seus períodos mais conturbados, logo após o Golpe Militar. Foi nessa época que Dilma iniciou sua militância e passou a integrar organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar – como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares). Em janeiro de 1970, Dilma foi abordada pela polícia do regime e, como estava armada, acabou presa. Levada para a Operação Bandeirante (Oban), ela foi torturada com palmatória, socos, pau-de-arara, choques elétricos. Maria Luísa Belloque, uma companheira de cela, confirma as diversas formas de tortura sofridas pela então militante de esquerda. Posteriormente, Dilma denunciou as torturas em processos judiciais, inclusive dando nome de militares que participaram dos atos. Dias depois da prisão de Dilma, seu companheiro Carlos Araújo também acabou pego pelos militares. Ficaram alguns meses no mesmo presídio Tiradentes, em São Paulo. Dilma foi condenada em primeira instância a seis anos de prisão. Já havia cumprido três quando o Superior Tribunal Militar reduziu sua condenação a dois anos e um mês. Teve também seus direitos políticos cassados por dezoito anos.Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou um pedido de indenização por parte de Dilma e outras dezoito pessoas presas em dependências de órgãos policiais do governo estadual paulista na década de 1970. Ela também ingressou com uma ação contra o Governo Federal e as indenizações, fixadas em lei, podem chegar, somadas, a R$ 72 mil. Conforme a assessoria de Dilma, os pedidos tem um caráter simbólico, além do que teria solicitado que os processos só fossem julgados após seu afastamento dos cargos públicos.

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