26 dezembro, 2011

AQUIFERO GUARANI CONTAMINADO POR AGROTÓXICOS?


A contaminação vem do defensivo usado nos canaviais para a produção de açúcar e álcool

Padinaha da o alerta.
O Aquífero Guarani, manancial subterrâneo de onde sai 100% da água que abastece Ribeirão Preto, cidade do nordeste paulista localizada a 313 quilômetros da capital paulista e a 100km de Franca, está ameaçado por herbicidas. A conclusão vem de um estudo realizado a partir de um monitoramento do Departamento de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Daerp) em parceria com um grupo de pesquisadores, que encontrou duas amostras de água de um poço artesiano na zona leste da cidade com traços de diurom e haxazinona, componentes de defensivo utilizado na cultura da cana-de-açúcar. 


No período, foram investigados cem poços do Daerp com amostras colhidas a cada 15 dias. As concentrações do produto encontradas no local foram de 0,2 picograma por litro – ou um trilionésimo de grama. O índice fica muito abaixo do considerado perigoso para o consumo humano na Europa, que é de 0,5 miligrama (milésimo de grama) por litro, mas, ainda assim, preocupa os pesquisadores, que analisam como indicadora de possível contaminação ainda maior. No Brasil, não há níveis considerados inseguros para as substâncias. Ainda assim, a presença do herbicida na zona leste – onde o aquífero é menos profundo – acende a luz amarela para especialistas. Segundo Cristina Paschoalato, professora da Unaerp que coordenou a pesquisa, o resultado deve servir de alerta. “Não significa que a água está contaminada, mas é preciso evitar a aplicação de herbicidas e pesticidas em áreas de recarga do aquífero”, disse ela. "Neste momento em que o etanol irá ganhar o meercado norteamericano, com o fim de sobretaxas a partir de 2012, o setor será fortalecido em sua economia e então esta é a hora de investir na proteção da ecologia, o Aquífero Guarani é votal para o equilíbrio ambiental e a chance de futuro na vida de todo o interior do Brasil", comentou por sua vez Antônio de Pádua, o repórter e ecologista Padinha, que edita este blog, Folha Verde News. O monitoramento também encontrou sinais dos mesmos produtos no Rio Pardo, considerado como alternativa para captação de água para a região no longo prazo. “Isso mostra que, se a situação não for resolvida e a prevenção feita de forma adequada, Ribeirão Preto pode sofrer perversamente, já que a opção de abastecimento também será inviável se houver a contaminação”.  O Sistema Aquífero Guarani, que faz parte da Bacia Geológica Sedimentar do Paraná, cobre uma superfície de 1,2 milhão de quilômetros quadrados, sendo 839, 8 mil no Brasil, 225,5 mil quilômetros na Argentina, 71,7 mil no Paraguai e 58,5 mil no Uruguai. Com uma reserva de água estimada em 46 mil quilômetros quadrados, a população atual em sua área de ocorrência está em quase 30 milhões de habitantes, dos quais 600 mil só em Ribeirão Preto. Outro problema que pode colocar em risco o abastecimento de água de Ribeirão no médio prazo é a extração exagerada de água do manancial subterrâneo. Se o mesmo ritmo de extração for mantido, o uso da água do Aquífero Guarani pode se tornar inviável nos próximos 50 anos em Ribeirão Preto.
Abrangendo países como Brasil, Paraguai, Uruguai, o Aquífero Guarani é uma das maiores reservas mundiais de água




É urgente uma gestão sustentável para preservar o Aquífero Guarani, riqueza hidromineral do Brasil e da América do Sul












Veios e rios de água subterrânea podem garantir água e chance de vida para o nosso futuro


Na edição de amanhã aqui no blog Folha Verde News mais informações sobre o Aquífero Guarani, inclusive conclusões científicas sobre danos a esta extraordinária reserva de água no interior do país e do continente, danos também causados pela crise climática. SOS Aquífero Guarani, chance de vida para o futuro do Brasil e da América do Sul. Inclusive ecologistas do interior encaminharam à audiência pública governamental preparatória para a Rio+20 (conferência mundial da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro em junho de 2012) sua preocupação sobre esta situação.
Fontes: Instituto CarbonoBrasil
            FVN.

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