Último dia de eventos em memória de
Kim Jong-il, morto no dia 17, põe fim
à era do 'Querido Líder' e abre espaço
para sucessor
O ato em memória de Kim Jong-il pôs fim nesta quinta-feira à era do
"Querido Líder" e abriu a de seu filho e sucessor Kim Jong-un,
proclamado "líder supremo" diante de milhares de presentes na
imensa Praça Kim Il-sung de Pyongyang durante uma grande
concentração militar em homenagem ao dirigente morto no dia 17.
"Querido Líder" e abriu a de seu filho e sucessor Kim Jong-un,
proclamado "líder supremo" diante de milhares de presentes na
imensa Praça Kim Il-sung de Pyongyang durante uma grande
concentração militar em homenagem ao dirigente morto no dia 17.
Foto: AP
Reprodução de vídeo da KRT mostra o novo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un,
durante último dia do funeral de seu pai, Kim Jong-il, em Pyongyang
Atento e com gesto hierático, o herdeiro do ditador esteve durante
toda celebração acompanhando por altas autoridades políticas
e militares do regime e ao lado do presidente da Assembleia
Popular Suprema, Kim Yong-nam, que exerce a função cerimonial
de chefe de Estado.
toda celebração acompanhando por altas autoridades políticas
e militares do regime e ao lado do presidente da Assembleia
Popular Suprema, Kim Yong-nam, que exerce a função cerimonial
de chefe de Estado.
"Kim Jong-un é o líder supremo de nosso partido, do Exército e do povo
por personificar as ideias e liderança, a personalidade, as virtudes, a
coragem e o valor de Kim Jong-il", disse Kim Yong-nam em um discurso
pronunciado para dezenas de milhares de soldados. Muitos civis também
compareceram ao local, segundo imagens exibidas pela televisão estatal.
por personificar as ideias e liderança, a personalidade, as virtudes, a
coragem e o valor de Kim Jong-il", disse Kim Yong-nam em um discurso
pronunciado para dezenas de milhares de soldados. Muitos civis também
compareceram ao local, segundo imagens exibidas pela televisão estatal.
Seu discurso deu indícios de que o governo de Kim Jong-un poderia seguir a doutrina
"songun" ("primeiro o Exército") implementado por seu pai nos anos 90 para manter
o regime, fragilizado após o fim do bloco comunista no leste da Europa e a
desintegração da União Soviética. Em relação a isso, Kim Yong-nam assegurou
que, "sob a liderança de Kim Jong-un", a Coreia do Norte avançará "de
forma mais dinâmica" no caminho do "songun".No entanto, ele se manteve
em silêncio da mesma forma que seu pai durante a celebração fúnebre
de 20 de julho de 1994, em homenagem ao fundador da Coreia do Norte,
Kim Il-sung. Nessa ocasião, também foi Kim Yong-nam, então vice-primeiro-ministro
do regime, que convocou o público presente na mesma praça a seguir
incondicionalmente Kim Jong-il. "Construiremos uma próspera nação socialista,
mantendo em alta estima Kim Jong-un como novo general e líder supremo", disse
nesta quinta-feira o octogenário, atualmente número dois do regime.
As Forças Armadas norte-coreanas, que somam mais de 1,1 milhão
de soldados em uma população total de 24 milhões e dominam
ao redor de um quarto do Produto Interno Bruto do país, são o
principal fiador do poder do regime de corte stalinista governado
pela dinastia Kim. Os militares têm vantagens sobre os civis em termos
de alimentos, energia elétrica e material, em um país que enfrenta
escassez de produtos de primeira necessidade.
de soldados em uma população total de 24 milhões e dominam
ao redor de um quarto do Produto Interno Bruto do país, são o
principal fiador do poder do regime de corte stalinista governado
pela dinastia Kim. Os militares têm vantagens sobre os civis em termos
de alimentos, energia elétrica e material, em um país que enfrenta
escassez de produtos de primeira necessidade.
Foto: AP
Pessoas respeitam um minuto de silêncio durante memorial em homenagem
a Kim Jong-il, líder da Coreia do Norte morto em 17 de dezembro (29/12)
Na cerimônia desta quinta-feira, a hermética nação despediu-se
de Kim Jong-il com a mesma grandiloquência da homenagem feita
pela morte de seu fundador, Kim Il-sung. Milhares de soldados e
civis norte-coreanos se reuniram com ordem militar na Praça Kim Il-sung,
de 75 mil metros quadrados, enquanto as autoridades ocuparam o
alto do balcão da Casa de Estudo do Povo, em ato que se prolongou
por algo mais de 1h, a partir das 11h (1h de Brasília).
de Kim Jong-il com a mesma grandiloquência da homenagem feita
pela morte de seu fundador, Kim Il-sung. Milhares de soldados e
civis norte-coreanos se reuniram com ordem militar na Praça Kim Il-sung,
de 75 mil metros quadrados, enquanto as autoridades ocuparam o
alto do balcão da Casa de Estudo do Povo, em ato que se prolongou
por algo mais de 1h, a partir das 11h (1h de Brasília).
A cerimônia terminou ao meio-dia com a interpretação da "Internacional"
por uma orquestra militar e por uma salva de 20 disparos de canhão.
Pontuados pelas sirenes de barcos e locomotivas do país,
três minutos de silêncio foram respeitados em seguida na Coreia do
Norte em memória do ditador.
por uma orquestra militar e por uma salva de 20 disparos de canhão.
Pontuados pelas sirenes de barcos e locomotivas do país,
três minutos de silêncio foram respeitados em seguida na Coreia do
Norte em memória do ditador.
A solenidade encerrou o luto nacional de 13 dias por Kim jong-il,
que governou o país por 17 anos e morreu de ataque cardíaco,
segundo a versão oficial. Na quarta-feira foi organizado um
cortejo fúnebre diante de milhares de pessoas na capital do país.
que governou o país por 17 anos e morreu de ataque cardíaco,
segundo a versão oficial. Na quarta-feira foi organizado um
cortejo fúnebre diante de milhares de pessoas na capital do país.
Desse modo, a Coreia do Norte fechou nesta quinta-feira a etapa de
Kim Jong-il, que entrará para a história por incluir seu país na
lista de Estados com armamento nuclear e pela sua incapacidade
de superar uma crise econômica que se arrasta desde os anos 90
e obriga a população a depender da ajuda externa para alimentar-se.
Kim Jong-il, que entrará para a história por incluir seu país na
lista de Estados com armamento nuclear e pela sua incapacidade
de superar uma crise econômica que se arrasta desde os anos 90
e obriga a população a depender da ajuda externa para alimentar-se.
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