26 agosto, 2012

AVANÇA A CONSCIÊNCIA AMBIENTAL MAS NÃO AINDA A REALIDADE DO PAÍS


POVO BRASILEIRO MAIS CONSCIENTE SOBRE O MEIO AMBIENTE AGORA

Atualmente cerca de 34% dos brasileiros e brasileiras têm uma consciência ecológica maior

 Na comparação entre os primeiros e últimos resultados, divulgados agora pela Agência Brasil, a pesquisa O Que o Brasileiro Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável, que vem sendo realizada desde 1992, mostrou que a consciência ambiental no país quadruplicou. As versões do levantamento mostram, que enquanto na primeira edição, que ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco 92, 47% dos entrevistados não sabiam identificar os problemas ambientais, neste ano, apenas 10% ignoravam a questão. Na média nacional, 34% sabem o que é consumo sustentável atualmente. “Esta é uma pesquisa que mostra claramente tendências”, explicou a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Brollo de Serpa Crespo.

Nessa projeção, a população da Região Sul mostrou-se mais engajada ambientalmente. Mais da metade dos sulistas sabem o que é consumo sustentável. “A diferença do Sul é impressionante em termos dos mais altos índices não só de acertos mas de atitudes corretamente ambientais”, disse Samyra Crespo. Ao longo de duas décadas, os mais jovens e os mais velhos são os que menos conhecem a realidade ambiental, mas a consciência aumentou. Há 20 anos, quase 40% dos entrevistados entre 16 e 24 anos não opinaram sobre problemas ambientais, assim como mais de 60% dos brasileiros com 51 anos ou mais. Já neste ano, as proporções caíram para 6% entre os jovens e 16,5% entre os mais velhos. “Isso tende a mudar ainda mais, porque agora temos todo um trabalho de educação ambiental nas escolas, o que vai refletir nas faixas seguintes ao longo dos anos”, disse Samyra, acrescentando que o nível de consciência ambiental “cresce à medida que a população é mais informada e mora em áreas urbanas, porque significa um maior acesso à informação, na área rural, ainda há por exemplo o habito de queimar o lixo”.

Samyra Crespo afirma que os resultados mostram que a população, além de mais consciente, mostra maior disposição em relação a atitudes ambientalmente corretas e preocupação com o consumo.
A questão relacionada ao lixo, por exemplo, é um dos problemas que mais ganhou posições no ranking dos desafios ambientais montado pelos brasileiros. O destino, seleção, coleta e outros processos relativos aos resíduos que preocupavam 4% das pessoas entrevistadas em 1992, agora são alvos da atenção de 28% das pessoas. Neste ano, 48% dos entrevistados, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, afirmaram que fazem a separação dos resíduos nas residências. “Muitas vezes a disposição da população não encontra acolhimento de politicas públicas. Muitas vezes o cidadão separa em casa e a coleta do lixo vai e mistura os resíduos”.   
Está na hora da EE, o desenvolvimento sustentável, equilibrando economia com ecologia

Começa a se formar um novo perfil do Brasil euma nova visão da nossa realidade ambiental


Na análise geral do país: os índices ainda são baixos, sendo que menos de 500 municípios têm coleta seletiva implantada. Enquanto a separação do lixo é um habito de quase 80% das pessoas que vivem na Região Sul atualmente e de mais da metade dos moradores de cidades do Sudeste. No Norte e Nordeste, mais de 60% não separam resíduos. Entre os problemas ambientais apontados, o desmatamento das florestas continua no topo da lista elaborada pelos entrevistados. “A preocupação com rios e mares [que continua na segunda posição do ranking] se eleva a partir de 2006. Já é impacto da Politica Nacional de Resíduos Sólidos [criada em 2010]. “O bioma Amazônia continua sendo considerado o mais ameaçado na opinião das pessoas”, disse Samyra Crespo, comparando as edições da pesquisa. Em 2006, por exemplo, 38% dos entrevistados estavam dispostos a contribuir financeiramente para a preservação do bioma. Este ano, o índice cresceu para 51%. Samyra ainda aposta que a Política Nacional de Resíduos Sólidos vai provocar mudanças econômicas, criando um ambiente de estímulo à reciclagem. “Temos que trabalhar tanto na desoneração da cadeia produtiva, como com a conscientização ambiental. Os produtos corretos concorrem hoje nas mesmas condições”, disse ela, acrescentando que “não é tão simples porque você trabalha toda a cadeia do produto e temos poucos estudos de ciclos do produto”. No decorrer dos últimos vinte anos, a população também mudou a forma como distribui as responsabilidades sobre meio ambiente. “Em 1992, o governo federal era o maior responsável. Isso vai diminuindo e a responsabilidade foi sendo atribuída às prefeituras. Continua a tendência a achar que é o governo federal mas cada vez mais o governo local é priorizado”, finalizou sua análise Samyra Crespo, ouvida em reportagem especial da Agência Brasil  (publicada também no portal EcodDebate), escrita pela repórter Carolina Gonçalves. "Um documento de muito valor para todos nós que lutamos para mudar e avançar a realidade, a partir de uma nova estrutura ambiental e a busca de um desenvolvimento sustentável, equilibrando economia e ecologia, o que nos garantirá um futuro melhor", comentou por sua vez o editor do nosso blog Folha Verde News, o ecologista Padinha, editando um resumo destas informações, ele que ainda argumentou: "Aumentou a consciência ambiental e ecológica da população e também das empresas, mas não os investimentos governamentais, federais, estaduais e municipais neste setor, isso acontecendo implantará uma gestão sustentável no país, algo de prioridade para todos os que vem lutando para avançar a realidade brasileira a bem da qualidade de vida da maioria do povo, cada vez mais consciente disso, o que já é um avanço cultural, faltando ainda uma efetivação da sustentabilidade nas políticas públicas". 

Fontes: Agência Brasil
             www.ecodebate.com.br

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