24 agosto, 2012

ESPECIALISTAS PEDEM A SUSPENSÃO DO USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL


A MAIOR PARTE DOS AGROTÓXICOS NÃO ATINGE A PRAGA ALVO, CONTAMINA AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS E TRAZ GRAVES RISCOS À SAÚDE, DIZ A REPORTAGEM DE LARISSA STRACCI, PARA O SITE ECODEBATE: CONFIRA AQUI NO FOLHA VERDE NEWS, "O BOM SENSO NOS RECOMENDA APÓS ANALISAR LAUDOS E AVALIAÇÕES DE ESPECIALISTAS QUE CHEGOU A HORA DE O BRASIL NÃO APENAS CONTROLAR MAS SUSPENDER O USO DESTES AGROQUÍMICOS", COMENTA O ECOLOGISTA PADINHA, EDITOR DO NOSSO BLOG DE ECOLOGIA E DE CIDADANIA. LEIA UM RESUMO A SEGUIR COM ALGUMAS DAS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES.

Os agrotóxicos hoje são usados em larga escala tanto em pequenas fazendas...

 A utilização de agrotóxicos é a 2ª maior causa de contaminação dos rios no Brasil, perdendo apenas para o esgoto doméstico, segundo dados do IBGE. Considerando que a agricultura é o setor que mais consome água doce no Brasil, cerca de 70%, segundo o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), pode-se dizer que além de sérios problemas para a saúde, os agrotóxicos também se transformaram em um grave problema ambiental no país. De acordo com o engenheiro agrônomo e professor da Universidade Estadual de Campinas, Mohamed Habib, “hoje o Brasil é o maior consumidor de agrotóxico do mundo, embora não seja o maior produtor”. Atualmente o Brasil utiliza 19% de todo defensivo agrícola produzido no planeta, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Além disso, mais de 99% dos venenos aplicados na lavoura não atingem a praga alvo. Então, pode-se dizer que mais de 99% dos agrotóxicos vão para os rios, para o solo, para o ar e para a água subterrânea”, afirma Habib.

Para o especialista em instrumentação ambiental e hidrológica, Mauro Banderali, “Embora a disponibilidade de água no Brasil seja imensa, é preciso garantir sua qualidade para as gerações futuras. Por isso, ao detectar o aparecimento de resíduos de agrotóxicos nas reservas de água subterrânea e superficial, é necessário tomar medidas para evitar o agravamento do problema. Quando a água é contaminada por defensivos agrícolas, sua detecção e descontaminação é mais difícil e custosa. De modo geral, esses químicos raramente são analisados ou removidos das águas, tornando-se uma ameaça à saúde de todos que a ingerem, particularmente para substâncias cumulativas”. Além da contaminação da água e de todo o meio ambiente, através do próprio consumo de alimentos, a ingestão de venenos agrícolas pode ocasionar diversos tipos de doenças, seja ela em grandes ou pequenas quantidades. Conforme explica o professor da Unicamp e engenheiro agrônomo, Mohamed Habib, “dependendo do tipo de veneno, os efeitos para a saúde humana são morte, envenenamento estomacal, problemas no sistema nervoso, convulsões, lesões nos rins e cânceres. Esse efeito pode ser agudo, imediato ou crônico, a curto, médio ou longo prazo. As consequências podem aparecer também nos filhos e netos dessa pessoa, principalmente quando se trata das doenças cancerígenas e tumores”. (Larissa Stracci)
Por sua vez, a doutora Silvia Brandalise, presidente do Centro Boldrini, especializado em câncer infantil, localizado em Campinas e professora de Ciências Médicas daUnicamp, diz que por ser um composto derivado de benzeno, o agrotóxico é extremamente prejudicial à saúde, podendo disseminar o câncer. “O agrotóxico, a maior parte deles, tem como matéria-prima básica os derivados de benzeno. Os derivados de benzeno têm como ação importante a quebra de cromátides, que são elementos que compõem o cromossoma. Uma exposição aos derivados de benzeno ou à radiação, você consegue fazer uma mutação. Sendo assim, o câncer e outras doenças, que são mutações sucessivas, vão acontecendo na célula cronicamente exposta a esses produtos”. A utilização dos agrotóxicos em larga escala na agricultura chegou a tal ponto que é preciso parar com o despejo desses produtos, segundo a coordenadora do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), Rosany Bochner. “A verdade é que chegamos a um limite. Não tem mais como falarmos apenas em diminuir ou usar outro tipo. É preciso acabar com o uso. Acreditamos que é necessário até mudar a maneira de como o Brasil lida com a produção de alimentos. Seria uma revolução maior”, afirma a coordenadora.nacional do Sintox.



...como em grandes empresas de agronegócios o que dimensiona o alcance do problema

 Fontes: www.ecodebate.com.br
              www.mabnacional.org.br
              http://folhaverdenews.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SEU COMENTÁRIO É MUITO IMPORTANTE!