25 setembro, 2012

DEGELO RÁPIDO DEMAIS PREOCUPA CIENTISTAS

Gelo marinho do oceano Ártico atinge a sua menor extensão em 30 anos de pesquisas


Imagem da Nasa mostra maior redução da extensão de gelo marinho no Ártico nos últimos 30 anos
  
Há tempos o gelo marinho do Ártico é considerado um indicador das mudanças climáticas. Cientistas que vem analisando o surpreendente degelo acreditam que ele é parte de uma mudança fundamental: "Nós estamos agora em território desconhecido", disse Mark Serreze, diretor do Centro Nacional de Neve e Gelo (NSIDC, na sigla em inglês) no Estado americano do Colorado. "Ao mesmo tempo em que já sabíamos que, à medida que o planeta se aquece, mudanças serão vistas primeiro e mais pronunciadamente no Ártico, poucos entre nós estavam preparados para a rapidez com que essas mudanças iriam ocorrer."
O recorde deste ano encerra no Polo Norte um verão de baixa cobertura de gelo no Ártico. Em 26 de agosto, a extensão de gelo marinho caiu para 4,10 milhões de km², quebrando o recorde de baixa anterior, estabelecido em 18 de setembro de 2007, de 4,17 milhões de km². Em, 4 de setembro deste ano, caiu abaixo de 4 milhões de km², outro recorde nos 33 anos em que dados de satélite são coletados. "O forte declínio no final da estação mostra como a cobertura de gelo está fina", disse o cientista Walt Meier, do NSIDC. "O gelo precisa estar muito fino para continuar derretendo à medida que o sol se vai e o outono se aproxima." Cientistas dizem que estão observando mudanças fundamentais na cobertura de gelo marinho. O Ártico costumava ser dominado por gelo de várias camadas, que sobrevivia ao longo de muitos anos.
Mais recentemente, a região tem sido caracterizada por uma cobertura de gelo sazonal, e grandes áreas estão agora inclinadas a derreter completamente no verão.do Hemisfério Norte. 
A extensão do gelo marinho é definida como a área total coberta por pelo menos 15% de gelo, e varia de ano para ano, por causa de variações no clima. No entanto, a extensão de gelo tem mostrado um dramático declínio geral nos últimos 30 anos. E um estudo publicado na revista científica Nature usou núcleos de gelo e sedimentos lacustres para reconstruir a extensão de gelo marinho no Ártico ao longo dos últimos 1.450 anos. Os resultados sugerem que a duração e a magnitude do atual declínio pode não ter precedentes nesse período. A cientista Julienne Stroeve, do NSIDC, está a bordo de um navio do Greenpeace em Svalbard, na Noruega, que acaba de retornar de uma expedição de pesquisa para avaliar o derretimento na região.
Ela disse que o novo recorde sugere que o Ártico "talvez tenha entrado em uma nova era climática, na qual a combinação de gelo mais fino com ar e temperaturas dos oceanos mais quentes resultam em mais perda de gelo nesta época e a perda de gelo marinho agora levou a um aquecimento incomum da atmosfera do Ártico, que por sua vez tem impacto nos padrões de clima no hemisfério norte, o que pode resultar em condições climáticas extremas constantes, como secas, ondas de calor e enchentes", diz Julienne Stroeve.

 
Outro problema ambiental ´pode ser a exploração de petróleo e mineração no Ártico

 
Os cientistas com toda tecnologia estão reafirmando a luta dos ecologistas da Terra
Fontes: BBC
             Reuters
             Greenpeace
             folhaverdenews.blogspot.com

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