Herói moderno: a atitude de um homem muda a vida de centenas de pessoas nas favelas e regiões pobres de São Paulo.
“Pensei: ‘Se vou morar aqui, preciso fazer algo’”. Foi com essa frase que o administrador de empresas alemão Hans Dieter Temp começou aquela que é hoje a ONG “Cidades Sem Fome”, um exemplo de sustentabilidade real que está engajando famílias e mudando cenários.
Após se casar, Hans mudou-se com sua esposa para Suzano, município que fica na zona leste de São Paulo e faz parte da maior metrópole do país. Incomodado com um terreno baldio ao lado de sua nova casa, Hans conversou com o dono e disse que poderia fazer uso daquele pequeno espaço de maneira melhor, cultivando uma horta. Ao começar a sua horta e mudar a paisagem de sua rua, o alemão chamou a atenção dos vizinhos e, rapidamente, havia ali uma horta comunitária, ao invés de um terreno abandonado.
A prefeitura de Suzano chegou a convidar Hans a gerenciar um projeto de agricultura urbana na cidade, mas o projeto não durou muito tempo. Para dar continuidade ao que acredita ser a melhor forma de aproveitar os espaços das grandes cidades, Hans fundou, em abril de 2004, a ONG “Cidades Sem Fome”.
Hoje, a organização conta com mais de 20 hortas espalhadas por regiões em vulnerabilidade social de São Paulo, emprega mais de 100 pessoas diretamente e beneficia centenas de outras pessoas de forma indireta.
Entre as técnicas utilizadas, está a compostagem. Todos as folhas e pedaços de vegetais que sobram dentro dos sistema são reincorporados em forma de adubo orgânico. O rodízio de culturas também é um ponto a ser destacado. Na mesma área, são produzidas diversas espécies de plantas. Isso garante maior aproveitamento de espaço e melhora da performance das defesas naturais das hortaliças contra pragas. Nada de defensivos ou adubos químicos.
Na prática, Hans elaborou um sistema que garante grande produção de hortaliças e legumes em pequenos espaços e seu projetos pode mudar a vida de muitas outras pessoas para a melhor. A comunidade ganha acesso a alimentos frescos e orgânicos produzidos por eles mesmos e uma profissão, já que a venda destes vegetais traz renda e dignidade às famílias participantes.
A ONG sobrevive de doações de pessoas físicas, governos e empresas.
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