31 janeiro, 2013

Transportes públicos do DF até quando esse descaso?


Por J. Loival
Recentemente o governo anuncia com todas as polpas o novo sistema de integração. Até aí nada demais, pois isso já foi testado no DF nos anos 80, a cujo implante foi severamente criticado pelo partido que hoje está no Poder, além é claro de muitos que fizeram parte daquele projeto. Ocorre que, essa cópia, por sinal mal feito, em tese, deveria pelo menos serem humildes e aprenderem com os erros do passado.
O DF tem algumas anomalias no sistema de transportes públicos que não se compara com nenhuma outra cidade do Brasil, ou seja, existem trechos, como Gama / Plano Piloto, Brazlândia / Plano Piloto, Planaltina / Plano Piloto que tem um Índice de Passageiro por Quilômetro – IPK muito baixo, isso provoca uma elevação nos preços das passagens, ou seja, com uma rotatividade – entrada e saída de passageiros – os ônibus transporta um número pequeno de passageiros em um trecho muito grande. Nos casos citados acima, em média 120 quilômetros (ida e volta) transportando em média 95 passageiros.
Outros trechos como os da W/3 e Esplanadas dos Ministérios, os ônibus transportam em média 150 passageiros em um percurso médio de 65 quilômetros (ida e volta), ou seja, 48% de quilômetros rodados e com mais de 20% de passageiros.
Nesses dois extremos os preços das passagens não são muito distantes, logo as empresas que rodam nos trecho de maior distanciam precisam ser recompensadas. E quem vai recompensá-las?
Além dessas anomalias há também as graças que são feitas com o dinheiro dos outros, ou seja, se não bastasse às inúmeras pessoas que tem passes livres, em um passado não muito distante um deputado distrital aprovou um projeto que isenta todos os estudantes de pagarem passagens, até aí nada demais, mas ocorre que de onde vem à fonte desse recurso? Pior, há milhares de pessoas que usam essa caridade sem ser estudante.
Se o governo do DF não cobrir essa demanda quem vai pagar o pato, digo: a conta? São os passageiros, de uma forma ou de outra é o povo que vai pagar essas gracinhas, pois o governo não fabrica dinheiro: tudo que o governo gasta vem do povo, por intermédio dos tributos.
O artigo do Deputado em voga (http://docafezinho.com.br/?p=21138) é pertinente a sua intenção de inserir a Câmara Legislativa nesse processo, porém, esperamos que não seja como das outras vezes onde a câmara aprovou mais despesas para o transporte sem dizer de onde sairia os recursos. Que os técnicos sejam consultados e não os políticos, pois há políticos que tem ideias estapafúrdias e depois querem que os técnicos de um jeito nas lambanças feitas por eles.
Por outro lado, já passou da hora dos governos entenderem que não se deve brincar com coisas sérias, ou seja, há cargos que não dá para colocar amadores ou pessoas que vão brincar de administrar. O quê que o Câmpanela entende de transportes público para ser o Presidente do DFTrans?
Como esse governo que tanto menosprezou a privatização, porque não revitaliza a TCB dando-lhe as ferramentas para promover uma revolução nos transportes coletivos de Brasília – Não com os atuais dirigentes -. A TCB tem toda a infraestrutura capaz de cumprir com todas as demandas mais carentes do DF sem custos tão elevados, pois, além de possuir estruturas em todas as cidades satélites mais longínquas – Brazlândia, Gama, Planaltina e Sobrinho -, e Plano Piloto têm bons técnicos capazes de em poucos meses fazerem uma reviravolta no DF em termos de Transportes Públicos.

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