29 julho, 2013

Alckmin e Haddad mudam rotina após protestos


São Paulo (AE) - No dia 19 de junho, lado a lado, o prefeito da Capital, Fernando Haddad (PT), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciaram a redução das tarifas do transporte coletivo na região metropolitana de São Paulo, em resposta às manifestações que tomaram as ruas de várias cidades do País e abalaram a popularidade da classe política. Desde então, os dois traçaram caminhos distintos para responder às vozes das ruas e tentar recuperar os índices de aprovação. 

 Enquanto Alckmin intensifica sua agenda positiva - com agenda externa, anúncios, coletivas de imprensa e viagens ao interior - , Haddad, economiza em aparições públicas. Foram oito aparições públicas do petista em 31 dias de agenda oficial em São Paulo, desde que se intensificaram os protestos pela redução da passagem, no dia 13 de junho. O tempo foi gasto, majoritariamente, em reuniões internas com políticos, secretários e representantes da sociedade civil. Durante estes dias de agenda pública na capital paulista, Haddad teve 99 audiências e fez 44 reuniões. Em seu gabinete, recebeu ou se reuniu com, pelo menos, 156 pessoas diferentes.
 Os números foram encontrados pela reportagem do Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, na agenda oficial do prefeito. No número de pessoas recebidas, não estão contabilizadas as de comitivas ou comissões. Durante este tempo, quem mais se encontrou com o prefeito foi o secretário de Governo, Antônio Donato, que teve 16 reuniões. Passado o anúncio da redução das tarifas, as entrevistas coletivas se tornaram raras e Haddad fez três visitas à periferia, região em que teve votação mais expressiva em 2012.
 Já Alckmin, além de visitar mais de 30 cidades do interior, chamou a imprensa para eventos ou coletivas em 19 oportunidades entre os dias 13 de junho e 25 de julho. Em uma das oportunidades, Alckmin anunciou o repasse de R$ 144,7 milhões para 403 municípios do Estado, uma média de R$ 359 mil por cidade. O governador anunciou ainda uma série de medidas de cunho mais popular, como o cancelamento do reajuste nas tarifas de pedágios e de ônibus interurbanos, cortes de gastos na máquina do Estado, venda de um helicóptero e a gratuidade para idosos em ônibus intermunicipais rodoviários. A assessoria do governador garante, porém, que algumas das medidas já estavam programadas antes do início da onda de manifestações.

Da TN

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