12 setembro, 2013

Obama tenta convencer nação sobre intervenção na Síria


Sem forças no Congresso para aprovar uma intervenção militar imediata na Síria, o presidente dos EUA, Barack Obama, faz um discurso na Casa Branca para tentar convencer sua nação de que o ataque químico na Síria é sim de interesse americano e que Bashar al-Assad deve ser punido pelo bem da segurança nacional de seu país. No início do discurso, ele reforçou que resistiu a pedidos de intervenção, até que o ataque químico nos subúrbios de Damasco mudou o cenário da guerra civil.

- Eu resisti a pedidos de uma intervenção militar, pois não podemos resolver a guerra civil dos outros com o uso da força. A situação mudou em 21 de agosto, em um ataque com armas químicas contra a população civil. As imagens deste massacre são revoltantes.
O pronunciamento também vai esclarecer que um possível ataque contra o território sírio deve ser bastante limitado em termos de duração e extensão, sendo muito menor que as investidas no Iraque ou na Líbia.
Obama também deve reconhecer a oportunidade diplomática oferecida pela Rússia para evitar a ação militar, na qual o governo de Assad deve aceitar deixar seu arsenal de armas químicas nas mãos da comunidade internacional.
No entanto, o presidente não deve deixar de alfinetar Moscou, afirmando que o governo de Vladimir Putin só começou a cooperar com mais firmeza quando a possibilidade de ataque contra a Síria se tornou iminente.
Apesar de defender com veemência uma ação na Síria, Obama não conseguiu o apoio em peso dos parlamentares americanos. Na Câmara dos Representantes, 149 membros - em maioria republicanos - afirmaram que não concordariam com o uso da força contra a Síria, enquanto 102 indicaram que não aprovariam uma intervenção. No total, seriam 251 votos contra a ação, bem mais dos que os 217 necessários para vetar uma resolução.
No Senado, 38 parlamentares estão propensos a votar não à resolução. Apenas 23 legisladores afirmaram estarem a favor da intervenção, significando que 28 dos 39 indecisos teriam que votar "sim" para que a ação fosse aprovada.

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