14 junho, 2014

Mudando a ciência do sabão

Produtos de consumo com ingredientes feitos com a ajuda de uma forma avançada de engenharia conhecida como biologia sintética estão começando a aparecer com mais frequência nas prateleiras dos supermercados e lojas de departamento.


Mudando a ciência do sabão
Produtos de consumo com ingredientes feitos com a ajuda de uma forma avançada de engenharia conhecida como biologia sintética estão começando a aparecer com mais frequência nas prateleiras dos supermercados e lojas de departamento.

Um sabão líquido para roupas feito pela Ecover, empresa belga que faz produtos de limpeza "verdes", incluindo a linha Method, contém um óleo produzido por algas cuja sequência de DNA foi modificada em laboratório, de acordo com Tom Domen, o gerente de inovação de longo prazo da empresa.
A Ecover afirma que o produto a base de algas é um substituto "natural" para o óleo de palma, cuja demanda é tão grande que os ambientalistas temem que as florestas tropicais estejam sendo desmatadas para abrir espaço para as plantações das palmeiras, alterando ecossistemas e colocando em risco espécies ameaçadas de extinção.
"Encontrar uma fonte sustentável de óleo de palma não é nada fácil", afirmou Domen. "Esse novo óleo é uma alternativa mais sustentável criada por um novo tipo de tecnologia".
Essa tecnologia, a biologia sintética, envolve a criação de sistemas biológicos com objetivos específicos. Originalmente voltada para a produção de biocombustíveis, a tecnologia já existe há cerca de 20 anos, mas as aplicações começaram apenas recentemente a surgir em diversos outros setores, incluindo o de cosméticos, aromas e fragrâncias.
Algae grows in petri dishes at Solazyme's research labs in South San Francisco, March 16, 2011. Oil from genetically-modified algae like these is just one way in which synthetic biology is being used in the manufacture of consumer goods, an increasingly-controversial subject which corporations have long been reluctant to discuss. (© Heidi Schumann/The New York Times)

Recentemente, a Unilever anunciou que estava utilizando óleo de algas em seu popular sabonete Lux e que o óleo era feito pela empresa Solazyme. As duas empresas fecharam um contrato em 2009 para explorar o uso dos produtos da Solazyme em parceria com a gigante dos cosméticos.


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