02 abril, 2012

Pescando... na Net...

Por Édipo Natan
Artigo: Jogar livro fora é imoral e jamais deveria acontecer

livrosjogados
Livros que foram reciclados, muitos ainda em suas embalagens originais

No final da semana um fato denunciado pelo Blog do André Fotos deixou este blogueiro particularmente entristecido: O descarte dos livros feito pelo Escola Municipal Miguel Lula de Farias.
A secretária de Educação, Graça Crisanto, a quem tem todo meu respeito, afirmou que o descarte não foi irresponsável e que a escola apenas vendeu para reciclagem e que eles não estariam mais aptos para serem lidos, pois eram de um acervo antigo da escola. Mas, mesmo não sendo ilegal, o descarte foi imoral.
Se analisar bem as fotos, muitos dos livros ainda estavam nas embalagens que são recebidos, ou seja, sendo eles velhos, eram para está sendo usados por muitos dos alunos e, aparentemente eles não forma distribuídos, e sim guardados como a escola recebeu. No mínimo irresponsabilidade de gestões na escola, que não distribuiu os livros entre os alunos.
Uma outra questão é que mesmo os livros sendo velhos, deveriam ser doados para outras bibliotecas comunitárias, que existe em toda a cidade, para serem lidos por comunidades carentes da cidade. Isto é cultura e formação para a população.
Um bom exemplo vem da Escola Municipal Olavo Pezzoti, em São Paulo. A professora orientadora de leitura, Rosa Metello, utilizou os livros mais velho em uma fórmula inteligente para a aprendizagem dos seus alunos. "Eu tinha pilhas de livros didáticos velhos na escola. Resolvi, então, fazer fichas de leitura. Colo as folhas com textos de leitura em pedaços de cartolina, encapo e deixo-as disponíveis nas salas de aula e de leitura. Os alunos leem nos intervalos das atividades curriculares", diz a professora a Revista Nova Escola.
São vários os destinos que podem ser dados a livros velhos, estimulando inclusive os alunos a ler, mas o lixo ou reciclagem, que convenhamos é a mesma coisa, é o último e pior lugar que se pode colocar. Utilizar dinheiro de livros vendidos para reformar a escola é um grande desperdício de dinheiro. Uma prática que, aparentemente, não é ilegal, mas é imoral e deixou a todos que querem ver escolas com melhor aprendizagem entristecidos.

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