Com voto do ministro José Antonio Dias Toffoli, a maioria do STF
(Supremo Tribunal Federal) condenou nesta segunda-feira (1º) dois réus
do PTB por lavagem de dinheiro: os ex-deputados Roberto Jefferson (RJ) e
Romeu Queiroz (MG).
Os dois réus já tinham maioria de votos por sua condenação pelos crimes
de corrupção passiva. A condenação por este crime também foi confirmada
por Toffoli. Segundo o ministro, Roberto Jefferson "utilizou de
astúcia" para dissimular a origem de R$ 4 milhões.
Roberto Jefferson denunciou o esquema em entrevista à Folha em junho de
2005. Na entrevista, o então deputado federal do PTB revelou a
existência de uma mesada paga aos deputados para que votassem a favor de
projetos de interesse do governo. O ministro inocentou o ex-tesoureiro
do PTB, Emerson Palmieri, seguindo divergência aberta pelo revisor do
caso, Ricardo Lewandowski.
CORRUPÇÃO
Na última sessão, na quinta-feira (27), por seis votos a zero, os
ministros condenaram Jefferson por corrupção passiva. O ex-deputado, que
se afastou da presidência da sigla nesta quinta-feira, é acusado de
receber R$ 4,5 milhões do valerioduto para votar a favor do governo no
Congresso, depois de fechar um acordo em que o PT prometeu entregar R$
20 milhões para o PTB.
Ele admitiu em depoimentos que recebeu os valores, mas afirma que
desconhecia a origem ilícita dos recursos e nega ter votado a favor do
governo em troca de dinheiro. Diz que as negociações com o PT faziam
parte de um acordo para as eleições municipais de 2004.
PMDB
Toffoli ainda votou pela condenação por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro do ex-deputado José Borba que era do PMDB na época do
escândalo. Atualmente, Borba é prefeito de Jandaia do Sul. O ministro
justificou a condenação pela "comprovada a aceitação" por parte do
ex-deputado de R$ 200 mil do esquema.
Folha.com.br
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