Por Folha Verde News
Greenpeace denuncia que 20 barcos monstros da UE praticam a sobrepesca nos oceanos
O Greenpeace também chamou atenção para embarcações com
bandeiras de Portugal, Suíça, França, Dinamarca, Inglaterra e Polônia,
que se dedicam também à sobrepesca. O relatório mostra “como
uma série de barões da pesca industrial usam, de forma imprudente, uma
ampla gama de artifícios” para burlar as regras e obter o máximo de
lucro. Segundo o documento, entre os truques utilizados pelas
companhias, estão a “mudança frequente de bandeiras e o uso de empresas
de fachada e de paraísos fiscais, bem como tirar proveito de ligaçõeos
pessoais com tomadores de decisão ou que têm uma função fiscalizadora".
Os 20 navios contribuem, principalmente, para o esgotamento de estoque”
em detrimento do “tecido social, econômico e cultural e do
desenvolvimento sustentável das comunidades costeiras na Europa e outros
lugares, além de afetar a ecologia oceânica. Também os ambientalistas
estão acusando os Ministros da Pesca da UE e outros autoridades
governamentais de outras partes do mundo de incapacidade para agir e
deter a sobrepesca. O relatório sugere que essas embarcações
violam as novas regras da União Europeia, destacando que “os
governadores deveriam promover pescas responsáveis e de baixo impacto”. O
grupo de lobby de pesca Europeche denunciou a campanha como
uma “típica histeria do Greenpeace”, de acordo com declaração de seu
presidente, Javier Garat: “A suposição de que o pequeno é bonito e de
que o grande denota algo negativo é errada”, disse Garat, argumentando
que “um alto número de pequenos barcos de pesca também pode,
hipoteticamente, desprezar as regras, realizar sobrepesca e causar
enormes danos ao meio ambiente. Ao mesmo tempo, navios grandes podem ser
perfeitamente sustentáveis”. "Os grande barcos não se tratam de
hipóteses, mas da mais cruel realidade contra a fauna marinha também",
contrargumenta por aqui no blog Folha Verde News, o repórter e ecologista Padinha, defendendo a legitimidade e o extremo valor desta campanha do Greenpeace.
Um dos pecadores disse à reportagem da IPS: “Olhe ali, o azul, este é um
pesqueiro da União Europeia que ameaça nosso sustento”, Lallmamode
Mohamedally, pescador desta região, apontando um barco que descarregava
sua captura no porto Les Salines, perto desta capital. Mohamedally é um
dos pescadores que regressaram, após um árduo dia de trabalho, com o
barco quase vazio. A contaminação e a atividade turística nos últimos
anos reduziram a captura para eles. Mas os pescadores locais afirmam que
o acordo assinado em fevereiro entre União Europeia (UE) e
este país insular do Oceano Índico piorou a situação. O tratado permite
que, por três anos, pesqueiros europeus levem 5,5 mil toneladas de
peixes anuais ao custo de US$ 740 mil. Os 3,5 mil pescadores locais, que
agora competem com pesqueiros industriais modernos, denunciam que sua
captura caiu entre 50% e 60%, mas não há dados oficiais que o confirmem.
Os pescadores de Les Salines acreditam que os 86 barcos de
empresas européias que estão na área roubam seu sustento. “Essas grandes
embarcações percorrem o mar ao redor de Mauricio e levam todos peixes”,
lamentou Mohamedally. A maioria dos pescadores quer que os barcos da UE
se retirem. Contudo, Mohamedally afirma que não se importaria se
operassem em águas de Mauricio, “mas pescando como os demais, como os
taiwaneses e japoneses. Apenas barcos com espinhéis, por favor, não os
de redes de arrastão. Esses barcos capturam todo tipo de peixe, pequenos
e grandes igualmente, com a mesma voracidade, sem respeitar nada".
A denúncia dos barcos monstros é mais uma campanha de grande valor desta entidade |
Fontes: IPS (Inter Press Service)
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