26 fevereiro, 2013

Depoimento não ameniza situação dos 12 presos



Depoimento não ameniza situação dos 12 presos


Amparado por um policial, o menor H.A.M. deixa a Vara da Infância de Guarulhos
 A receita era simples na cabeça do advogado da Gaviões da Fiel, Ricardo Cabral. Bastava entregar o garoto que disparou o sinalizador em Oruro, matando Kevin Beltran Espada, na última quarta, e os 12 membros da organizada presos na Bolívia seriam soltos. Mas as coisas não andaram conforme o esperado. H.A.M., de 17 anos, compareceu nesta segunda-feira à Vara da Infância e da Juventude, em Guarulhos, para fazer sua confissão a um promotor. O esquema foi armado para que ficasse evidente a culpa do garoto. Ninguém fez questão de escondê-lo, pois chegou ao local no banco da frente do carro sem insulfilm. E Cabral falou por diversas vezes da responsabilidade do jovem. “O menor comprou os sinalizadores, os levou e a mala apreendida era dele. Ele assume. Depois da matéria (entrevista ao “Fantástico”) e das fotos que enviei à Bolívia, a expectativa é de que se resolva a situação dos 12 detidos”, explicou o advogado da Gaviões. Porém, a resposta negativa já veio praticamente em tempo real de Oruro. A delegada responsável pelo caso, Abigail Saba, disse ao DIÁRIO que a confissão de H.A.M. não alivia em nada a situação dos 12 presos. “Não muda nada. Por que deveria (mudar)? Nós não sabemos nada sobre o assunto. Para a polícia boliviana, esse rapaz nem sequer existe”, falou. Depois da confissão, H.A.M. voltou para casa com a mãe.

Alex Sabino alex.sabino@diariosp.com.br
 Lucas Bettine lucas.bettine@diariosp.com.br

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